Christian cruza como um ciclone a porta de madeira da casa de embarcação e pausa para acender algumas luzes. As luzes fluorescentes cintilam e zumbem em silêncio em sequência enquanto luzes fortes inundam o grande edifício de madeira. Da minha visão de cabeça para baixo, eu conseguia ver uma lancha motorizada na doca flutuando gentilmente na água escura, mas eu apenas tive uma breve visão antes que ele estivesse me carregando para as escadas de madeira indo para o quarto acima.
Ele pausa na entrada e liga outro interruptor... halogênios desta vez, elas eram mais suaves, mais difusas... e nós estávamos no sótão com teto inclinado. Ele está decorado com um tema náutico da Nova Inglaterra: azul marinho e creme com listras vermelhas. Os móveis são esparsos, apenas dois sofás é tudo o que eu posso ver.
Christian me coloca de pé no chão de madeira. Eu não tenho tempo para examinar ao meu redor – meus olhos não podem deixá-lo. Eu estou hipnotizada... assistindo-o como se ele fosse um daqueles predadores raros e perigosos, esperando pelo ataque dele. A respiração dele é forçada, mas ele acabou de atravessar o gramado e subir um lance de escadas. Olhos cinzentos queimando com raiva, necessidade, e luxúria pura e inalterada.
Puta merda. Eu poderia entrar em combustão apenas com o olhar dele.
— Por favor, não me bata, - eu sussurro, implorando.
Suas sobrancelhas se franzem, seus olhos se arregalam. Ele pisca duas vezes.
— Eu não quero que você me dê palmadas, não aqui, não agora. Por favor, não faça.
A boca dele se abre levemente pela surpresa, e além da coragem, eu tento esticar meu braço e correr meus dedos pela bochecha dele, ao longo de sua costeleta, até a barba rala em seu queixo.
É uma mistura curiosa de suavidade e espinhoso. Lentamente fechando seus olhos, ele inclina o rosto no meu toque, e sua respiração se prende em sua garganta. Esticando com a minha outra mão, eu corro meus dedos pelo cabelo dele. Eu amo o cabelo dele. Seu gemido suave é quase inaudível, e quando ele abre os olhos, o seu olhar é preocupado, como se ele não entendesse o que eu estava fazendo.
Dando um passo para frente fazendo com que eu estivesse grudada nele, eu puxei gentilmente o cabelo dele, trazendo sua boca para a minha, e eu o beijei, forçando minha língua entre os lábios dele e dentro de sua boca. Ele geme, e seus braços vêm ao meu redor, me puxando perto dele. Suas mãos encontram o seu caminho para o meu cabelo, e ele me beija de volta, com força e possessivamente. A língua dele e a minha se torcem e viram um, nos consumindo. Ele tem um gosto divino.
Ele se afasta repentinamente, as nossas respirações estão irregulares e misturadas. Minhas mãos caem para os braços dele e ele me olha feio.
— O que você está fazendo comigo? — ele sussurra confuso.
— Beijando você.
— Você disse não.
— O quê? Não para o quê?
— Na mesa de jantar, com as suas pernas.
Oh... então é sobre isso.
— Mas nós estávamos na mesa de jantar dos seus pais. — Eu olho para ele, completamente perdida.
— Ninguém nunca disse não para mim antes. E é tão... quente.
Seus olhos se abrem bastante com admiração e luxúria. É uma mistura inebriante. Eu engulo instintivamente. A mão dele se move para o meu traseiro. Ele me puxa com força contra ele, e eu posso sentir sua ereção.
Oh meu Deus...
— Você está bravo e excitado porque eu disse não? — Eu falo, atônita.
— Estou bravo porque você nunca falou de Georgia para mim. Estou bravo porque você foi beber com aquele cara que tentou te seduzir quando você estava bêbada e que te deixou quando você estava doente com um quase completo estranho. Que tipo de amigo faz isso? E estou bravo e excitado porque você fechou suas pernas para mim. — Seus olhos brilham perigosamente, e ele está lentamente alcançando a barra do meu vestido.
— Eu quero você, e eu te quero agora. E se você não vai me deixar te dar umas palmadas... que você merece... eu vou te foder neste sofá neste minuto, rapidamente, para o meu prazer, não seu.
Meu vestido mal está cobrindo o meu traseiro nu. Ele se move repentinamente para que suas mãos estejam apalpando o meu sexo, e um de seus dedos se afunda lentamente dentro de mim. Seu outro braço me segura firmemente no lugar ao redor da minha cintura. Eu seguro um gemido.
— Isso é meu, — ele sussurra agressivamente. — Tudo meu. Você entende? — Ele desliza seu dedo dentro e fora enquanto ele me olha, analisando a minha reação, seus olhos queimando.
— Sim, sua, — eu sussurro enquanto meu desejo, quente e pesado, surge através da minha corrente sanguínea, afetando... tudo. Minhas terminações nervosas, minha respiração, meu coração está batendo forte, tentando deixar o meu peito, o sangue vibrando nos meus ouvidos.
Abruptamente, ele se move, fazendo diversas coisas de uma vez. Retirando seus dedos, deixando-me querendo, abrindo sua braguilha, e me empurrando no sofá para que ele esteja deitado em cima de mim.
— Mãos na cabeça, — ele comanda através de dentes apertados enquanto ele se ajoelha, forçando as minhas pernas a se abrirem mais, e se esticando para alcançar o bolso interno de seu casaco. Ele tira um pacote de papel de alumínio, olhando para mim, sua expressão obscura, antes de retirar seu casaco e deixando-o cair no chão. Ele rola a camisinha pelo seu impressionante comprimento.
Eu coloco minhas mãos na cabeça, e eu sei que é para que eu não o toque. Eu estou tão excitada.
Eu sinto meus quadris se movendo para cima para encontrá-lo... querendo-o dentro de mim, desse jeito... áspero e duro. Oh... a antecipação.
— Nós não temos muito tempo. Isso será rápido, e é para mim, não você. Você entende? Não goze, ou eu vou te dar umas palmadas, — ele diz através de seus dentes cerrados.
Puta merda... como eu vou parar?
Com uma rápida estocada, ele está totalmente dentro de mim. Eu gemo alto, guturalmente, e me deleitando na plenitude de sua posse. Ele coloca as mãos em cimas das minhas, no topo da minha cabeça, seus cotovelos mantém meus braços abertos, e suas pernas me imobilizam por completo. Ele está em todo lugar, me sobrecarregando, quase sufocando. Mas é maravilhoso também, este é o meu poder, isso é que o eu faço com ele, e é uma sensação triunfante, hedonista. Ele se move rapidamente e furiosamente dentro de mim, sua respiração árdua em meu ouvido, e o meu corpo responde, se derretendo ao redor dele. Eu não devo gozar. Não. Mas eu estou encontrando-o em cada estocada, um contra-ponto perfeito. Abruptamente, e muito cedo, ele se enfia dentro de mim e quando ele encontra a sua liberação, o ar sibilando entre seus dentes.
Ele relaxa por um momento, então eu sinto o peso delicioso inteiro dele em mim. Eu não estou pronta para soltá-lo, meu corpo implorando alívio, mas ele é tão pesado, e naquele momento, eu não posso empurrá-lo. Muito de repente, ele se retira, deixando-me dolorida e faminta por mais. Ele me olha carrancudo.
— Não se toque. Eu quero você frustrada. É isso que você faz comigo ao não falar comigo, ao me negar o que é meu. — Seus olhos estão ardendo novamente, com raiva novamente.
Eu concordo, ofegante. Ele fica de pé e retira a camisinha, fazendo um nó na ponta, e a coloca no bolso de sua calça. Eu olho para ele, minha respiração ainda errática, e involuntariamente eu aperto minhas coxas juntas, tentando encontrar algum tipo de alívio. Christian fecha sua braguilha e corre sua mão pelo cabelo enquanto ele se abaixa para pegar seu casaco. Ele se vira para me olhar, sua expressão mais suave.
— É melhor voltarmos para a casa.
Eu me sento, um pouco instável, atordoada.
— Aqui. Você pode colocar de volta.
De dentro de seu bolso, ele retira minha calcinha. Eu não sorrio quando a pego dele, mas por dentro eu sei... eu recebi essa foda de punição mas ganhei uma pequena vitória com a calcinha. Minha deusa assente concordando, um sorriso de satisfação em seu rosto... você não teve que pedir por ela.
— CHRISTIAN! — Mia grita do andar inferior.
Ele se vira e ergue as sobrancelhas para mim.
— Bem na hora. Cristo, às vezes ela pode ser tão irritante.
Eu faço uma careta para ele, apressadamente eu recupero minha calcinha e a coloca no lugar certo, e fico de pé com o máximo de dignidade que eu consigo juntar no meu de estado recém-foda. Rapidamente, eu tento ajeitar o meu cabelo de recém-foda.
— Aqui em cima, Mia, — Ele chama. — Bem, Srta. Steele, eu me sinto melhor por isso... mas eu ainda quero te dar umas palmadas, — ele diz suavemente.
— Eu não acredito que eu mereço, Sr. Grey, especialmente depois de tolerar o seu ataque sem motivo.
— Sem motivo? Você me beijou.
Ele se esforça para parecer ofendido.
Eu aperto meus lábios.
— Foi um ataque como melhor forma de defesa.
— Defesa contra o quê?
— Você e sua mão inquieta.
Ele inclina a cabeça para um lado e sorri para mim enquanto Mia sobe a escada escandalosamente.
— Mas foi tolerável? — ele pergunta suavemente.
Eu fico vermelha.
— Por pouco, — eu sussurro, mas eu não consigo evitar o meu sorriso.
— Oh, aí estão vocês. — Ela sorri para nós.
— Eu estava mostrando o lugar para Anastásia. — Christian estica sua mão para mim, seus olhos cinzentos intensos.
Eu coloco a minha mão na dele, e ele a aperta suavemente.
— Kate e Elliot estão prestes a ir embora. Você pode acreditar naqueles dois? Eles não conseguem tirar a mão um do outro. — Mia finge estar enojada e olha para mim e para o Christian. — O que vocês dois estavam fazendo aqui?
Meu, ela é direta. Eu fico mais vermelha ainda.
— Mostrando a Anastásia a minha fileira de troféus, — Christian diz sem perder o passo, completamente com cara de paisagem. — Vamos dizer tchau para a Kate e o Elliot.
Fileira de troféus? Ele me empurra gentilmente na frente dele, e quando Mia se vira para sair, ele me dá um tapa no traseiro. Eu arquejo de surpresa.
— Eu vou fazer de novo, Anastásia, e logo, — ele ameaça baixinho perto do meu ouvido, então ele me puxa para um abraço, minhas costas para o peito dele, e beija o meu cabelo.
De volta na casa, Kate e Elliot estão se despedindo de Grace e do Sr. Grey. Kate me abraça forte.
— Eu preciso falar com você sobre antagonizar o Christian, — eu sibilo baixinho em seu ouvido enquanto ela me abraça.
— Ele precisa ser antagonizado, então você pode ver como realmente ele é. Tenha cuidado, Ana... ele é tão controlador, — ela sussurra. — Vejo você depois.
EU SEI COMO REALMENTE ELE É... VOCÊ NÃO!... eu grito com ela na minha cabeça.
Eu estou totalmente ciente que as ações dela vêm de um lugar bom, mas algumas vezes ela ultrapassa a linha, e nesse momento ela ultrapassa tanto até o estado vizinho. Eu faço uma careta para ela, e ela mostra a sua língua para mim, fazendo-me sorrir contra a minha vontade. Kate brincalhona é uma novidade, deve ser influência do Elliot. Nós acenamos para eles da porta, e Christian se vira para mim.
— Nós devemos ir também... você tem as entrevistas amanhã.
Mia me abraça carinhosamente quando nós nos despedimos.
— Nós nunca pensamos que ele encontraria alguém! — ela se emociona.
Eu fico vermelha, e Christian afasta seu olhar novamente. Eu aperto meus lábios. Porque ele pode fazer isso e eu não? Eu quero desviar meu olhar também, mas eu não ouso, não depois da ameaça dele no ancoradouro.
— Se cuide, Ana, querida, — Grace diz carinhosamente.
Christian, envergonhado ou frustrado pela ampla atenção que eu estou ganhando dos Greys, pega a minha mão e me puxa para o lado dele.
— Não vamos assustá-la ou estragá-la com muita atenção, — ele resmunga.
— Christian, pare de provocar. — Grace chama a atenção dele indulgentemente, seus olhos brilhando com amor e afeição por ele.
De alguma forma, eu não acho que ele esteja provocando. Eu sorrateiramente vejo a interação deles. É óbvio que a Grace o adora como um amor incondicional de mãe. Ele se abaixa e a beija duramente.
— Mãe, — ele diz, e há uma corrente inferior em sua voz... reverência talvez?
— Sr. Grey... obrigada e adeus. — Eu estico minha mão para ele, e ele me abraça também!
— Por favor, me chame de Carrick. Eu espero que nós a vejamos novamente, logo, Ana.
Com as nossas despedidas feitas, Christian me leva para o carro onde o Taylor está esperando. Meu, que dia. Eu estou exausta, fisicamente e emocionalmente. Depois de uma breve conversa com Taylor, Christian sobe no carro ao meu lado. Ele se vira para mim.
— Bem, parece que a minha família gosta de você também, — ele murmura.
Também? O pensamento depressivo de como eu fui convidada aparece sem ser solicitado e indesejado na minha cabeça. Taylor liga o carro e segue para longe do círculo de luz da entrada da garagem para a escuridão da rua. Eu olho para o Christian, e ele está me encarando.
— O quê? — ele pergunta, sua voz baixa.
Eu hesito momentaneamente. Nâo... eu vou contar para ele. Ele sempre está reclamando que eu não converso com ele.
— Eu acho que você se sentiu obrigado a me trazer para conhecer os seus pais. — Minha voz é suave e hesitante. — Se Elliot não tivesse chamado Kate, você nunca teria me chamado. — Eu não posso ver o rosto dele no escuro, mas ele inclina a cabeça, boquiaberto comigo.
— Anastásia, eu estou encantando que você tenha conhecido os meus pais. Por que você é tão cheia de insegurança? Isso nunca deixa de me surpreender. Você é uma jovem tão forte e independente, mas você tem pensamentos tão negativos a respeito de você. Se eu não quisesse que você os conhecesse, você não estaria aqui. É assim que você se sentiu no tempo inteiro que você esteve lá?
Oh! Ele me queria lá... e é uma revelação. Ele não parece desconfortável em me responder como ele estaria se ele estivesse escondendo a verdade. Ele parece genuinamente feliz que eu estou aqui... um brilho quente se espalha pelas minhas veias. Ele balança a cabeça e alcança a minha mão. Eu olho nervosamente para o Taylor.
— Não se preocupe com Taylor. Fale comigo.
Eu dou de ombros.
— Sim. Eu pensei nisso. E outra coisa. Eu apenas mencionei Georgia porque Kate estava falando sobre Barbados... eu ainda não me decidi.
— Você quer ir ver sua mãe?
— Sim.
Ele olha estranhamente para mim, como se ele estivesse tendo alguma luta interna.
— Eu posso ir com você? — ele pergunta eventualmente.
O quê?
— Hum... eu não acho que isso seja uma boa ideia.
— Por que não?
— Eu estava esperando dar um tempo em toda essa... intensidade e tentar pensar em algumas coisas.
Ele me encara.
— Eu sou muito intenso?
Eu caio na risada.
— Isso é para falar o mínimo!
Na luz dos postes de luz que passar, eu vejo os lábios dele se curvarem.
— Você está rindo de mim, Srta. Steele?
— Eu não ousaria, Sr. Grey, — eu respondo numa seriedade de mentira.
— Eu acho que você ousa, e eu acho que você ri de mim, frequentemente.
— Você é bem engraçado.
— Engraçado?
— Oh sim.
— Engraçado estranho ou engraçado Rá Rá?
— Oh... um monte de um e um pouco do outro.
— Qual que é qual?
— Eu vou deixar para você descobrir isso.
— Eu não tenho certeza se eu posso descobrir qualquer coisa ao seu redor, Anastásia, — ele diz sarcasticamente, e então continua baixinho, — Sobre o que você precisa pensar em Georgia?
— Nós, — eu sussurro.
Ele me encara, impassivo.
— Você disse que tentaria, — ele murmura.
— Eu sei.
— Você está reconsiderando?
— Possivelmente.
Ele se mexe como se estivesse desconfortável.
— Por quê?
Puta merda. Como isso se tornou uma conversa intensa e significativa? Foi jogado para cima de mim, como uma prova que eu não estou preparada para fazer. O que eu falo? Porque eu acho que te amo, e você apenas me vê como um brinquedo. Porque eu não posso te tocar, porque eu estou muito assustada para te mostrar qualquer tipo de afeição no caso de você recusar ou me dizer para ir embora ou pior... me bater? O que eu posso dizer?
Eu encaro por um momento para fora da janela. O carro está seguindo pela ponte. Nós dois estamos envolvidos na escuridão, mascarando nossos pensamentos e sentimentos, mas nós não precisamos da noite para isso.
— Por que, Anastásia? — Christian me pressiona por uma resposta.
Eu dou de ombros, presa. Eu não quero perdê-lo. Apesar de todas as suas exigências, sua necessidade de controle, seus vícios assustadores. Eu nunca me senti tão viva como eu me sinto agora. É uma emoção estar sentada ao lado dele. Ele é tão imprevisível, sexy, inteligente, e engraçado. Mas seus humores... oh... e ele quer me machucar. Ele diz que ele vai pensar sobre as minhas reservas, mas isso ainda me assusta. Eu fecho meus olhos. O que eu posso dizer? Bem lá no fundo eu apenas gostaria de mais, mais afeição, mais do Christian brincalhão, mais... amor.
Ele aperta minha mão.
— Fale comigo, Anastásia. Eu não quero te perder. Esta última semana... — Ele vai parando de falar.
Nós estamos chegando perto do fim da ponte, e a rua mais uma vez é banhada na luz neón das lâmpadas dos postes então seu rosto fica intermitentemente no escuro e no claro. E é uma metáfora tão apropriada. Este homem, que eu já pensei como sendo um herói romântico... um cavaleiro branco, ou um cavaleiro obscuro, como ele disse. Ele não é um herói, ele é um homem com falhas emocionais profundas, e ele está me arrastando para a escuridão. Será que eu consigo trazê-lo para a luz?
— Eu ainda quero mais, — eu sussurro.
— Eu sei, — ele diz. — Eu vou tentar.
Eu pisco para ele, e ele abandona a minha mão e puxa o meu queixo, liberando meu lábio preso.
— Por você, Anastásia, eu vou tentar. — Ele está radiando sinceridade.
E esse é o meu sinal. Eu solto o meu cinto de segurança, vou para o outro lado, e subo no colo dele, pegando-o totalmente de surpresa. Colocando meus braços ao redor da cabeça dele, eu o beijo, por um longo tempo e com força, e em um nanosegundo, ele está respondendo.
— Fique comigo esta noite, — ele sussurra. — Se você for embora, eu não te verei a semana inteira. Por favor.
— Sim, - eu cedo. — E eu vou tentar também. Eu vou assinar o seu contrato. — E é uma decisão feita no calor do momento.
Ele olha para mim.
— Assine depois de Georgia. Pense sobre isso. Pense bem, bebê.
— Eu vou. — E nós sentamos em silêncio por um quilômetro ou dois.
— Você realmente deveria usar o seu cinto de segurança, — Christian sussurra desaprovadoramente no meu cabelo, mas ele não faz nenhum movimento para me tirar do colo dele.
Eu me aconchego nele, olhos fechados, meu nariz está no pescoço dele, absorvendo a fragrância sexy de Christian: sexy-picante-almiscarado e loção de banho, minha cabeça está no ombro dele. Eu deixo a minha mente flutuar, e eu me permito fantasiar que ele me ama. Oh, e é tão real, quase tangível, e uma parte pequeníssima do meu subconsciente desagradável se comporta de forma usual e ousa ter esperança. Eu tomo cuidado para não tocar no peito dele, mas apenas me acomodo em seus braços enquanto ele me abraça apertado.
Logo, eu sou tirada do meu sonho impossível.
— Estamos em casa, — Christian murmura, e é uma fantasia tão provocadora, cheia de tanto potencial.
Em casa, com o Christian. Exceto que o apartamento dele é uma galeria de arte, não um lar.
Taylor abre a porta para nós, e eu o agradeço timidamente, consciente que ele estava ouvindo a nossa conversa, mas o sorriso gentil dele é confortante e não entrega nada. Quando saímos do carro, Christian me observa criticamente. Ah não... o que eu fiz agora?
— Porque você não está com um casaco? — ele franze para mim enquanto ele tira o dele e coloca por cima dos meus ombros.
Um alívio me inunda.
— Está no meu carro novo, — eu respondo sonolenta, bocejando.
Ele sorri para mim.
— Cansada, Srta. Steele?
— Sim, Sr. Grey. — Eu me sinto envergonhada sob o seu escrutínio provocante. No entanto, eu sinto que uma explicação está em ordem, — eu fui dominada hoje de uma maneira que eu nunca achei que fosse possível.
— Bem, você está com azar, porque vou te convencer a fazer umas coisinhas a mais, — ele promete enquanto ele pega a minha mão e me leva de volta para o prédio. Puta merda... De novo?!
Eu olho para ele no elevador. Eu presumo que ele gosta de dormir comigo, e então eu me lembro de que ele não dorme com ninguém, apesar de ele ter dormido comigo algumas vezes.
Eu faço uma careta, e abruptamente seu olhar escurece. Ele alcança e pego o meu queixo, liberando meu lábio do dente.
— Um ia, eu vou, te foder neste elevador, Anastásia, mas nesse momento você está cansada... então eu acho que nós devemos ficar com a cama mesmo.
Abaixando, ele prende seus dentes ao redor do meu lábio inferior e puxa gentilmente. Eu me derreto contra ele, e a minha respiração para, enquanto minhas entranhas se soltam de desejo. Eu respondo, acelerando meus dentes por cima do lábio superior dele, e ele geme. Quando as portas do elevador se abrem, ele pega a minha mão e me puxa para dentro da sala de estar, passa pelas portas duplas, e entra no corredor.
— Você precisa de uma bebida ou algo?
— Não.
— Bom. Vamos para a cama.
Eu ergo minhas sobrancelhas para ele.
— Você vai se contentar com baunilha?
Ele inclina a cabeça para um lado.
— Não tem nada de ruim sobre baunilha... é um sabor bem intrigante, — ele sussurra.
— Desde quando?
— Desde sábado passado. Por quê? Você estava esperando algo mais exótico?
Minha deusa ergue sua cabeça acima do parapeito.
— Ah não. Eu tive o bastante de exótico por um dia. — Minha deusa faz beicinho para mim, falhando miseravelmente em esconder o seu desapontamento.
— Certeza? Nós satisfazemos todos os gostos aqui... pelo menos trinta e um sabores. — Ele sorri para mim de maneira lasciva.
— Eu notei, — eu respondo secamente.
Ele balança a cabeça.
— Venha, Srta. Steele, você tem um grande dia amanhã. Quanto mais cedo você estiver na cama, mais cedo você será fodida, e mais cedo você poderá dormir.
— Sr. Grey, você é um romântico incurável.
— Srta. Steele, você tem uma boca esperta. Eu posso ter que dominá-la um dia. Venha. — Ele me leva pelo corredor para o seu quarto e chuta a porta para fechá-la.
— Mãos no ar, — ele comanda.
Eu faço o que ele pede, e em um movimento incrivelmente rápido, ele tira o meu vestido como um mágico, pegando-o na barra e puxando suavemente e rapidamente pela minha cabeça.
— Ta Da! — ele diz brincalhão.
Eu dou uma risadinha e aplaudo. Ele se curva graciosamente sorrindo. Como eu posso resisti-lo quando ele está assim? Ele coloca o meu vestido na cadeira solitária ao lado de sua cômoda.
— Qual é seu próximo truque? — eu encorajo, provocando.
— Ah minha querida, Srta. Steele. Venha para a minha cama, — ele rosna. — E eu te mostro.
— Você acha que pelo menos uma vez eu devo bancar a difícil? — eu pergunto coquetemente.
Seus olhos se arregalam com surpresa, e eu vejo um brilho de excitação.
— Bem... a porta está fechada. Não tenho certeza de como você pode me evitar, — ele diz sarcasticamente. — Eu acho que é um trato feito.
— Mas eu sou uma boa negociadora.
— Eu também. — Ele me encara, mas quando ele faz isso, sua expressão muda, confusa inunda-o, e a atmosfera no quarto muda repentinamente, ficando tensa. — Você não quer foder? — ele pergunta.
— Não, —eu sussurro.
— Oh. — ele faz uma careta.
Ok, lá vai... respire fundo.
— Eu quero que você faça amor comigo.
Ele fica parado e me encara sem expressão. Sua expressão escurece. Oh merda, isso não parece bom. Dê a ele um minuto! Meu subconsciente dá bronca.
— Ana, eu... — ele corre a mão pelo cabelo. Duas mãos. Meu, ele realmente está atordoado.
— Eu pensei que tínhamos feito? — ele diz eventualmente.
— Eu quero te tocar.
Ele dá um passo involuntário para trás, sua expressão parece amedrontada por um momento, e então ele se recompõe.
— Por favor, — eu sussurro.
Ele se recupera.
— Ah, não Srta. Steele, você teve o bastante de concessões de mim por uma noite. E eu estou dizendo não.
— Não?
— Não.
Ah... eu não posso argumentar com isso... posso?
— Olha, você está cansada, eu estou cansado. Vamos apenas ir para cama, — ele diz, me observando cuidadosamente.
— Então te tocar é um limite para você?
— Sim. Essa é velha.
— Por favor, me diga o por que.
— Ah, Anastásia, por favor. Só deixa quieto por enquanto, — ele murmurou exasperado.
— É importante para mim.
De novo ele passa as duas mãos pelo cabelo, e ele profere um juramento sob a sua respiração.
Virando o seu calcanhar, ele segue para a cômoda, puxa uma camiseta, e a joga para mim. Eu a pego, confusa.
— Coloque isso e vá para cama, — ele vocifera, irritado.
Eu faço uma careta e decido agradá-lo. Virando de costas, eu rapidamente removo o meu sutiã, colocando a camiseta o mais rápido possível para cobrir a minha nudez. Eu deixo a calcinha, eu não a usei em grande parte da noite.
— Eu preciso do banheiro. — Minha voz é um sussurro.
Ele faz uma careta, confuso.
— Agora você está pedindo permissão?
— Errr... não.
— Anastásia, você sabe onde é o banheiro. Hoje, nesse ponto em nosso estranho arranjo, você não precisa de permissão para usá-lo. — Ele não consegue esconder sua irritação. Ele tira a sua camiseta, enquanto eu corro para o banheiro.
Eu me encaro no espelho gigante, chocada que ainda pareço à mesma. Depois de tudo o que eu fiz hoje, ainda sou a mesma garota comum olhando boquiaberta de volta para mim. O que você esperava? Que nascessem chifres e um pequeno rabo pontudo, em você? O meu subconsciente vocifera para mim. Que acha que está fazendo? Tocar é um limite para ele. Isso está muito claro, sua imbecil. Ele precisa ter primeiro confiança, para depois falar. Meu subconsciente está furioso, parecendo à medusa em sua raiva, o cabelo voando, suas mãos apertando ao redor de seu rosto igual O Grito de Edvard Munch[1]. Eu o ignoro, mas ele não quer voltar para seu lugar. Você está deixando-o bravo – pense sobre o que ele disse, tudo o que ele concedeu. Eu faço uma careta para a minha reflexão. Eu preciso ser capaz de mostrar para ele afeição – então talvez ele possa retribuir.
Eu balanço minha cabeça resignada e pego a escova de dente de Christian. O meu subconsciente está certo, claro. Eu estou apressando-o. Ele não está pronto e nem eu também. Nós estamos equilibrados nessa delicada gangorra, que é o nosso estranho arranjo – em lados diferentes, vacilando, e vai e volta entre nós dois. Nós dois precisamos estar mais próximos do meio. Eu só espero que nenhum de nós caíssemos em nossas tentativas em fazer isso. Isso tudo é tão repentino. Talvez eu precise de um pouco de distância. Georgia parece mais atraente do que nunca. Quando eu começo a escovar os dentes, ele bate na porta.
— Entra, — eu falo com a boca cheia de pasta.
Christian fica parado no batente da porta, seu pijama largo nos quadris – daquele jeito que faz com que cada célula no meu corpo acorde e fique atenta. Ele está sem camiseta, e eu o bebo como se eu estivesse louca de sede e ele é uma fonte de água limpa e fria na montanha. Ele olha para mim impassível, então sorri e vem ficar ao meu lado. Nossos olhares se prendem no espelho, cinza para o azul. Eu termino de escovar, lavo a escova, e a entrego para ele, meu olhar nunca deixando o dele. Sem palavras, ele pega a minha escova de mim e a coloca na boca. Eu sorrio de volta para ele, e seus olhos estão de repente dançando com humor.
— Por favor, sinta-se a vontade para usar a minha escova. — O seu tom é de gentil escárnio.
— Obrigada, senhor, — eu sorrio docemente, e eu saio, seguindo de volta para cama.
Alguns minutos depois ele se junta a mim.
— Você sabe que não era bem assim que eu imaginava como seria essa noite, — ele murmura petulante.
— Imagine se eu dissesse para você que você não poderia me tocar.
Ele sobre na cama e senta de pernas cruzadas.
— Anastásia, eu te disse. Cinquenta Sombras. Eu tive um começo duro na vida... você não quer essa merda na sua cabeça. Por que você iria querer?
— Porque eu quero te conhecer melhor.
— Você me conhece o suficiente.
— Como você pode dizer? — Eu me esforço para ficar de joelhos, encarando-o.
Ele afasta seu olhar de mim, frustrado.
— Você está desviando seu olhar do meu. Da última vez que eu fiz isso, eu terminei em cima do seu joelho.
— Ah, eu gostaria de colocá-la lá de novo.
Inspiração veio a mim.
— Conte-me e você pode.
— O quê?
— Você me ouviu.
— Você está negociando comigo? — Sua voz ressoa com uma descrença espantada.
Eu assinto. Sim... é dessa forma.
— Negociando.
— Não funciona desse jeito, Anastásia.
— Ok. Conte-me, e eu viro meus olhos para você.
Ele ri, e eu recebo um raro vislumbre do Christian despreocupado. Eu não o vejo faz um tempo.
Ele fica sério.
— Sempre tão ansiosa e ávida por informação. — Seus olhos cinzas brilham com especulação.
Depois de um momento, ele graciosamente desce da cama. — Não vá embora, — ele diz e sai do quarto.
Lanças me perfuram, e eu me abraço. O que ele está fazendo? Será que ele tem algum tipo de plano maligno? Merda. Imagine se ele volta com uma vara, ou algum tipo de instrumento bizarro?
Puta merda, o que eu farei então? Quando ele volta, ele está segurando algo pequeno em suas mãos. Eu não consigo ver o que é, e eu estou queimando de curiosidade.
— Quando é a sua primeira entrevista amanhã? — Ele pergunta suavemente.
— Às duas.
Um sorriso perverso lento se espalha em seu rosto.
— Bom. — E perante os meus olhos, ele sutilmente muda. Ele está mais duro, rebelde... gostoso. Este é o Christian dominante.
— Saia da cama. Fique lá. — Ele aponta para o lado da cama, e eu me atrapalho para sair da cama rapidamente. Ele me encara atentamente, seus olhos cintilando com promessa.
— Confia em mim? — ele pergunta suavemente.
Eu assinto. Ele estende a mão, e em sua palma estão duas bolas prateadas redondas e brilhantes, ligadas por um grosso fio negro.
— Estas são novas, — ele diz enfaticamente.
Eu olho questionadoramente para ele.
— Eu vou colocar elas dentro de você, e então eu vou te dar umas palmadas, não para punir, mas para o seu prazer e meu. — ele pausa, observando os meus olhos arregalados.
Dentro de mim! Eu perco o fôlego, e todos os meus músculos lá dentro da barriga ficam tensos. Minha deusa está fazendo a dança dos sete véus.
— E então nós vamos foder, e se você ainda estiver acordada, eu vou repartir um pouco de informação a respeito dos meus anos de formação. Concorda?
Ele está pedindo minha permissão! Ofegante, eu aceno. Eu sou incapaz de falar.
— Boa menina. Abra sua boca.
Boca?
— Abra mais.
Muito gentilmente, ele coloca as bolas na minha boca.
— Elas precisam ser lubrificadas. Sugue, — ele ordena, sua voz suave.
As bolas são frias, suaves, surpreendentemente pesadas, e têm um gosto metálico. Minha boca seca se enche de saliva enquanto a minha língua explora os objetos estranhos. O olhar cinzento de Christian não deixa o meu. Infernos, isso está me excitando. Eu me contorço de leve.
— Fique parada, Anastásia, — ele avisa.
— Pare. — Ele as tira da minha boca. Se movendo para frente, ele joga a coberta para o lado e senta-se na beirada.
— Venha aqui.
Eu fico de pé na frente dele.
— Agora vire-se, abaixe-se, e agarre os seus tornozelos.
Eu pisco para ele, e sua expressão se escurece.
— Não hesite, — ele censura baixinho, um sobre tom em sua voz, e ele coloca as bolas em sua boca.
Porra, isso é mais sexy do que a escova de dente. Eu sigo as ordens dele imediatamente. Meu, eu posso tocar os meus tornozelos? Eu descubro que posso, com facilidade. A camiseta desliza pelas minhas costas, expondo meu traseiro. Graças aos céus eu fiquei de calcinha, mas eu suspeito que não será por muito tempo.
Ele coloca sua mão reverentemente no meu traseiro e muito suavemente acaricia com toda a sua mão. Com meus olhos abertos, eu posso ver as pernas dele através das minhas, nada mais. Eu fecho meus olhos com força enquanto ele gentilmente remove a calcinha para o lado e lentamente percorre seu dedo para cima e para baixo no meu sexo. Meu corpo se prepara em uma mistura inebriante de antecipação selvagem e excitação. Ele desliza um dedo dentro de mim, e ele circula-o deliciosamente devagar. Ah, que gostoso. Eu gemo.
A respiração dele para, e eu o escuto gemer enquanto ele repete o movimento. Ele retira seu dedo e muito lentamente insere os objetos, uma bola, lenta e deliciosa de cada vez. Oh uau.
Elas estão na temperatura do corpo, quentes por causa das nossas bocas. É uma sensação curiosa. Quando elas estão dentro de mim, eu não posso realmente senti-las... mas, no entanto, eu sei que elas estão lá.
Ele endireita a minha calcinha e se inclina para frente, e seus lábios beijam suavemente o meu traseiro.
— Fique de pé, — ele ordena, e trêmula eu fico de pé.
Ah! Agora eu posso senti-las... mais ou menos. Ele pega os meus quadris para me endireitar enquanto eu restabeleço o meu equilíbrio.
— Você está bem? — ele pergunta, sua voz preocupada.
— Sim. — Minha resposta está leve como uma pena.
— Vire-se. — Eu viro e o encaro.
As bolas puxam para baixo e involuntariamente eu aperto ao redor delas. A sensação me atordoa, mas não de uma maneira ruim
— Como é a sensação? — ele pergunta.
— Estranha.
— Estranho bom ou estranho ruim?
— Estranho bom, - eu confesso, ficando vermelha.
— Bom. — Há um traço de humor perambulando em seus olhos.
— Eu quero um copo de água. Vá e pegue um para mim, por favor.
Ah.
— E quando você voltar, eu devo te colocar no meu joelho. Pense sobre isso, Anastásia.
Água? Ele quer água – agora – por quê?
Quando eu saio do quarto, se torna abundantemente claro o motivo que ele quer que eu ande – enquanto eu faço isso, as bolas fazem um peso dentro de mim, me massageando internamente. É uma sensação tão estranha e não inteiramente desconfortável. Elas me deixam necessitada, necessitada por sexo.
Ele está me assistindo cuidadosamente quando eu retorno.
— Obrigado, — ele diz enquanto pega o copo de mim.
Lentamente, ele dá um gole e então coloca o copo ao lado da mesa de cabeceira. Há um pacote de papel alumínio, pronto e esperando, como eu. E eu sei que ele está fazendo isso para aumentar a antecipação. Meu coração aumentou o ritmo. Ele virou o seu olhar brilhante cinzento para o meu.
— Venha. Fique ao meu lado. Como da última vez.
Eu fico ao lado dele, meu sangue tamborilando pelo meu corpo, e desta vez... estou excitada.
Acesa.
— Pergunte para mim, — ele diz baixinho.
Eu faço uma careta. Pergunta a ele o quê?
— Pergunte para mim, — sua voz está uma pouco mais áspera.
O quê? Como está a sua água? O que ele quer?
— Pergunte-me, Anastásia. Eu não vou dizer de novo. — E há uma ameaça implícita em suas palavras, e eu me toco. Ele quer que eu peça para ele me bater.
Puta merda. Ele está me olhando ansiosamente, seus olhos ficando mais frios. Merda.
— Me bata, por favor... senhor. — eu sussurro.
Ele fecha seus olhos momentaneamente, saboreando as minhas palavras. Esticando a mão, ele pega a minha mão esquerda e ele me puxa para os joelhos dele. Eu caio instantaneamente, e ele me firma quando eu caio em seu colo.
Meu coração está na boca quando a mão dele gentilmente acaricia o meu traseiro. Eu estou posicionada em seu colo novamente para que o meu torso descanse na cama ao lado dele. Desta vez ele não joga a perna dele em cima da minha, mas acaricia o meu cabelo e o tira do meu rosto e o enfia atrás da orelha. Quando ele termina, ele pega o meu cabelo na nuca e me segura no lugar. Ele puxa gentilmente e a minha cabeça vai para trás.
— Eu quero ver o seu rosto enquanto eu te dou umas palmadas, Anastásia, — ele murmura o tempo inteiro enquanto ele está esfregando suavemente o meu traseiro.
A mão dele se move entre as minhas nádegas, e ele empurra contra o meu sexo, e a sensação é... eu gemo. Ah, a sensação é maravilhosa.
— Isso é para o seu prazer, Anastásia, meu e seu, — ele sussurra suavemente.
Ele ergue a mão e a traz para baixo em um tapa ressoante na junção das minhas coxas, meu traseiro e meu sexo. As bolas vão para frente dentro de mim, e estou perdida em um pântano de sensação. O ardor no meu traseiro, a plenitude das bolas dentro de mim, e o fato de que ele está me segurando. Eu contorço o meu rosto enquanto as minhas faculdades tentam absorver todos estes sentimentos estrangeiros. Eu noto que em algum lugar no meu cérebro ele não me bateu com tanta força como da última vez. Ele acaricia o meu traseiro de novo, trilhando sua palma pela minha pele e por cima da minha calcinha.
Por que ele não tirou a minha calcinha? Então sua palma desaparece, ele a traz para baixo novamente. Eu gemo quando a sensação se espalha. Ele começa um padrão: esquerda para direita e então para baixo.
As que vão para baixo são as melhores. Tudo se move para frente, dentro de mim... e entre cada palmada ele me acaricia, me massageia... para que eu possa ser massageada de dentro para fora. É uma sensação tão erótica e estimulante, e por alguma razão, porque isso é nos meus termos, eu não me importo com a dor.
Não é tão doloroso... bem é, mas não insuportável. De alguma forma manejável, e sim prazerosa... até. Eu gemo. Sim, eu posso fazer isso.
Ele pausa enquanto ele lentamente tira a minha calcinha pelas pernas. Eu me contorço nas pernas dele, não porque eu quero escapar os golpes, mas eu quero... mais, liberação, algo. O toque dele contra a minha pele sensível tudo era um formigamento sensual. Era irresistível, e ele começa de novo. Alguns tapas suaves novamente e então aumentando, esquerda para direita e para baixo. Ah, para baixo, eu gemo.
— Boa garota, Anastásia, — ele geme, e sua respiração está entrecortada.
Ele me dá mais dois tapas, e então ele puxa os pequenos fios presos nas bolas e as tira de dentro de mim repentinamente. Eu quase chego no clímax – a sensação é fora deste mundo. Movendo-se rapidamente, ele gentilmente me vira. Eu escuto ao invés de ver o rasgar do pacote de papel alumínio, e então ele está deitado ao meu lado. Ele pega as minhas mãos, erguendo-as acima da minha cabeça, e ele se aconchega em cima de mim, deslizando lentamente, me preenchendo onde os globos prateados estavam. Eu gemo alto.
— Ah, bebê, — ele sussurra enquanto ele se move para trás, para frente, em um ritmo lento e sensual, me saboreando, me sentindo.
Ele nunca havia sido tão gentil, e não demora nem um pouco para eu cair do precipício, espiralando em um orgasmo delicioso, violento e exaustivo. Enquanto eu aperto ao redor dele, isso incita sua própria liberação, e ele desliza dentro de mim, parando, falando meu nome de maneira ofegante com uma admiração desesperada.
— Ana!
Ele fica em silêncio e ofegante em cima de mim, suas mãos ainda interligando nas minhas acima da minha cabeça.
Finalmente, ele se inclina para trás e me encara.
— Eu gostei disso, — ele sussurra, e então me beija docemente.
Ele não se prolonga para mais doces beijos, mas se levanta, me cobre com a coberta, e desaparece dentro do banheiro. Na sua volta, ele está carregando uma garrafa de loção branca. Ele senta ao meu lado na cama.
— Vire-se, — ele ordena, e relutantemente eu me viro.
Honestamente, toda essa bagunça. Eu me sinto sonolenta.
— O seu traseiro está com uma cor gloriosa, — ele diz aprovadoramente, e ele carinhosamente massageia a loção refrescante no meu traseiro rosa.
— Abre o jogo, Grey, — eu bocejo.
— Srta. Steele, você sabe como estragar um momento.
— Nós temos um trato.
— Como você se sente?
— Sendo passada para trás.
Ele suspira, desliza ao meu lado, e me puxa para os seus braços. Com cuidado para não tocar o meu traseiro dolorido, nós estamos de conchinha novamente. Ele me beija bem suavemente ao lado da minha orelha.
— A mulher que me trouxe para este mundo era uma puta viciada em crack, Anastásia. Vá dormir.
Puta merda... o que isso significa?
— Era?
— Ela está morta.
— Há quanto tempo?
Ele suspira.
— Ela morreu quando eu tinha quatro anos. Eu realmente não me lembro dela. Carrick me deu alguns detalhes. Eu apenas me lembro de certas coisas. Por favor, vá dormir.
— Boa noite, Christian.
— Boa noite, Ana.
Enquanto eu deslizo para um sono exausto e confuso, sonhando com um garotinho de quatro anos de idade, com olhos cinzentos em uma casa escura, assustadora e miserável.
[1] Edvard Munch foi um pintor norueguês, um dos precursores do expressionismo alemão. O Grito (no original Skrik) é uma série de quatro pinturas, a mais célebre das quais datada de 1893.